A fotógrafa Nan Goldin, mas conhecida por retratar-além da sua vida particular e de seus amigos-o cenário underground das grandes cidades, mostra agora pela primeira vez seus desenhos misturados com montagens fotográficas na galeria Matthew Marks em Nova Yorke, com o sugestivo título “Blood In My Hands”.
Nan tem mantido um diário desde a infância, muitas vezes preenchendo as páginas com desenhos. Recentemente esses desenhos tomaram uma nova vida como obras de arte independentes. Partindo de sua prática regular de reflexão diária, elas compartilham o carregado ambiente emocional de suas fotografias.
Goldin seleciona as fotografias para suas montagens de acordo com temas formais ou psicológicos. Para esse novo trabalho o elemento unificador é a cor: rosa, azul, ouro, vermelho ou preto. Cada cor une momentos que ela capturou em diferentes países ao longo das décadas. O formato de “colagem”, com o qual ela trabalha há mais de vinte anos, surgiu do mesmo impulso associativo que seus slides.
O trabalho de Nan Goldin foi o tema de duas importantes retrospectivas: uma organizada pelo Whitney Museum of American Art (1996) e outra pelo Centre Georges Pompidou (2001). Seus prêmios incluem a Legião de Honra Francesa (2006), o Prêmio Hasselblad (2007) e a Medalha Edward MacDowell (2012). Uma exposição do trabalho de Goldin, incluindo “The Ballad of Sexual Dependency” apresentada em seu formato original em slide 35mm, está em cartaz no museu da arte moderna em Nova Yorke até o 12 de fevereiro.
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